Equipa Polidiagnóstico Empresas fala da importância da segurança alimentar para a indústria exportadora na Leiria Global

Na última edição da Leiria Global do Jornal de Leiria, a Polidiagnóstico Empresas foi convidada a expor o tema da Segurança Alimentar no contexto da internacionalização dos negócios e das indústrias que levam os nossos sabores aos mercados internacionais.
Carlos Santos, Gestor da Polidiagnóstico Empresas,  e Vera Pascoal,  responsável pela área da Segurança Alimentar, falaram um pouco ao Jornal de Leiria acerca do apoio que a  Beatriz Godinho Saúde dá à indústria exportadora, através dos serviços prestados pela Polidiagnóstico Empresas e do seu laboratório acreditado - o Laboratório Tomaz.

A entrevista, na íntegra, para ler aqui:

Muito se tem ouvido falar da ISO 22000. Afinal, de que trata esta norma?

Para o exportador, e de forma muito simples, é um meio de se credibilizar nos mercados externos - explica Carlos Santos, responsável pela Polidiagnóstico Empresas - porque estabelece um conjunto de ações centradas na segurança alimentar em todas as etapas da cadeia de fornecimento. Uma empresa que opere apenas dentro de Portugal é, naturalmente, obrigada a cumprir a legislação nacional em vigor. Contudo, para uma empresa exportadora, a ISO 22000 é um fator crítico, uma vez que esta norma é reconhecida internacionalmente.

E é quanto baste?

A ideia central é que, qualquer que seja a área, se falamos em segurança alimentar no âmbito da exportação, temos de falar nesta ISO mas, adicionalmente,  há outras especificidades a considerar mercado a mercado, produto a produto. É uma área bastante complexa e ao mesmo tempo, muito desafiante – sublinha Vera Pascoal, responsável pela área da Segurança Alimentar da empresa.

As empresas da região e da indústria estão alerta?

De uma forma geral, notamos uma sensibilização crescente por parte das empresas da região e, em particular, dos setores tradicionalmente exportadores. Temos colaborado na organização de processos de players nas áreas da panificação e pastelaria, vinhos, frutas e hortícolas um pouco por todo o país, embora com maior incidência na zona centro. Existe naturalmente uma incidência em função da região. Por exemplo, a nossa delegação em Peniche tem acompanhado muitos processos da indústria pesqueira – afirma Carlos Santos. Na prática, a base será sempre o sistema de HACCP. Neste âmbito, podemos apoiar as empresas exportadoras ou potencialmente exportadoras na implementação e no cumprimento dos requisitos, em função do seu sector e mercados alvo – explica Vera Pascoal.

Para a indústria alimentar, quais os principais riscos?

Na indústria alimentar existe, naturalmente, uma grande preocupação para os perigos microbiológicos e com a prevalência de riscos associados à migração (por exemplo, da embalagem para os alimentos) e à contaminação cruzada (como é o caso de uma contaminação que ocorre de uma superfície para um equipamento e deste para o produto,  através do manipulador/colaborador). Por isso, as análises que a Polidiagnóstico Empresas confia ao Laboratório Tomaz, que é parte do nosso grupo e que é acreditado pelo IPAC  - no âmbito das águas, alimentos e do agroalimentar, das análises veterinárias, efluentes líquidos, fertilizantes e fitofármacos, ou resíduos sólidos -  são um meio complementar fundamental na fase inicial e de implementação, mas também ao longo de todo o ciclo. Estamos a falar de um processo contínuo, em que a segurança alimentar tem de ser entendida como uma questão muito mais ampla do que é comumente encarada. Não se trata “apenas” dos alimentos; trata-se da fabricação das embalagens, do processo de embalamento em si, do acondicionamento, do transporte. No fundo, todas as etapas da cadeia de fornecimento têm de ser consideradas - reforça Vera Pascoal.

-

O que é o HACCP?

HACCP corresponde a Hazard Analysis and Critical Control Point, o que significa Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos.

O HACCP é um sistema preventivo que tem por objetivo identificar, avaliar e reduzir perigos, para evitar a produção de alimentos não seguros, ou seja, prejudiciais à saúde do consumidor. Todas as empresas do setor alimentar têm que implementar o sistema HACCP, em toda a cadeia, “do prado ao prato”.

O sistema HACCP é constituído por 7 princípios e a sua implementação segue uma metodologia sequencial de 14 etapas, nas quais os princípios estão inseridos. Previamente à implementação do sistema HACCP propriamente dito, existem pré-requisitos que é necessário verificar ou implementar (exemplos: controlo da qualidade da água, controlo de pragas, saúde dos trabalhadores, formação adequada às funções a desempenhar, controlo de fornecedores, entre outros).

Etapas:

1 - Definição do âmbito de estudo do plano HACCP;

2 - Constituição da equipa HACCP;

3 - Descrição do produto;

4 - Identificação do uso pretendido do produto;

5 - Elaboração do(s) fluxograma(s) de fabrico do(s) produto(s);

6 - Confirmação do(s) fluxograma(s) de fabrico do(s) produto(s);

7 - Identificação e análise de perigos e das suas medidas preventivas (Princípio 1);

8 - Determinação dos pontos críticos de controlo - PCC (Princípio 2);

9 - Estabelecimento de limites críticos de controlo para cada PCC (Princípio 3);

10 - Estabelecimento do sistema de monitorização para cada PCC (Princípio 4);

11 - Estabelecimento de ações corretivas (Princípio 5);

12 - Estabelecimento de procedimentos de verificação ao sistema HACCP (Princípio 6);

13 - Estabelecimento de registos e documentação do sistema HACCP (Princípio 7);

14 - Revisão do Plano HACCP.

 

Norma ISO 22000

Sistema de Gestão da Segurança Alimentar baseia-se nos princípios do sistema HACCP e o seu objeto é a segurança alimentar de todas as etapas da cadeia de fornecimento. As empresas que a implementam evidenciam que têm um sistema de gestão da segurança alimentar que garante o fornecimento de alimentos seguros.

 

 

Contacte-nos para mais informações!

 

Voltar